Um ano de vício...

Começou há 1 ano a minha aventura com pole dance. Organizando a despedida de solteira da Rita, foi uma das actividades do dia. Depois voltámos, eu e a Rita, a fazer pole. No início uma vez por semana, depois duas porque comecei a trabalhar também na flexibilidade (nunca foi grande coisa mas faz a diferença quando se começam a fazer alguns movimentos no varão). Entretanto passou a três porque queria experimentar coreografia no varão e comecei a fazer polography (movimentos de dança contemporânea e de pole).

Já tinha começado a fazer o 2o nível mas com a gravidez achei que não era boa ideia passar 1h virada de cabeça para baixo e afins por isso voltei atrás. Mas a verdade é que a minha vontade era fazer 2x pole, 2x flexibilidade/força e flexibilidade e 1x polography. Isto sem contar que por mim fazia pole todos os dias mas a modalidade é relativamente cara.

Basicamente há um ano ficou o bichinho de pole dance, avançou para um vício e tenho imensa pena que em breve tenha de deixar de fazer, mas tenciono sem dúvida voltar! Sempre gostei de dança, qualquer tipo de dança, já fiz dança moderna, samba, dança do ventre, kizomba e agora pole dance...


Fraldas reutilizáveis

Já me tinha rendido a tentar o copo menstrual, chegou a casa e o período nunca veio porque fiquei grávida. Mas é de facto uma alternativa bastante mais natural e ecológica do que os tampões e pensos por isso vai continuar na minha lista de mudanças ecológicas.

Posto isto andei a pensar em fraldas reutilizáveis/laváveis. Falei com uma mãe portuguesa que vive aqui, fomos lá ter com ela e a família dela e ela usou fraldas destas para ambos os filhos. Não se arrepende e diz que vale muito a pena. Os filhos deles nunca tiveram grandes assaduras, deixaram as fraldas relativamente cedo e raramente teve qualquer tipo de "acidente" ou pelo menos não mais que o normal com fraldas descartáveis (sim, mesmo com fraldas descartáveis já ouvi relatos de cocó até às costas).

As fraldas descartáveis estão cheias de químicos (excepto algumas ecológicas), a longo prazo são muito mais caras, demoram 200 anos a degradar-se (no mínimo) apesar de poderem ser muito mais convenientes para os pais.

Hoje em dia as pocket diapers são super práticas, já não é preciso ter a fralda de pano e depois a capa impermeável, ora vejam aqui.

A minha mãe não acredita que eu vá usar muito tempo, mas acho mesmo que para o bebé é muito melhor ter menos contacto com químicos. Vai dar mais trabalho, vai, mas não devíamos todos fazer um esforço porque o nosso planeta está à beira da ruptura? Não é melhor ter um produto sem montes de químicos em contacto com a pele do nosso bebé? É pouco? Talvez seja, mas é alguma coisa!

p.s.- desculpem se vos ando a aborrecer com assuntos de bebés mas olha, é o maior tópico com que me debruço diariamente...



É maravilhoso mas dispensava

É fantástico estar grávida, ter conseguido, saber que em breve vamos ter um bebé, mas se me perguntassem se adoro estar grávida a resposta seria não.

Até agora tive enjoos até às 13 semanas, depois comecei a tomar ferro por causa de baixa hemoglobina e os enjoos voltaram (consta que é normal), dores que vão e voltam. No início quando tossia ou espirrava de manhã doía-me o ovário direito, agora nem tanto mas se tusso muito é uma dor no ovário que nem vos digo (super estranho).
Cansaço, é suposto passar e está melhor mas cadê aquele boost de energia que faz uma grávida pensar que pode tudo????
Se já dormia mal agora ainda pior. Por isso deixem-se de "aproveita agora para dormir que depois não consegues", já antes não conseguia dormir bem e agora ainda menos e aposto que vais ser cada vez pior!
Toda a gente me pergunta pelo calor, ai o calor é terrível! Seria se eu não tivesse mais frio que calor ahahaha pelos vistos dá para os dois extremos, neste momento não tenho muito frio mas já tive. Este foi o sintoma/efeito secundário da gravidez que menos me chateou.
A barriga cresce independentemente de ganhar peso ou não, neste caso mal ganhei peso, mas já estou a imaginar que vou parecer uma baleia ambulante. A falar em barriga crescer óleo de amêndoas doces dá vontade de vomitar, enjoei de tal forma que nem posso pensar muito nisso.
Nem preciso esperar pelo final da gravidez pelo inchaço, basta ficar um dia muitas horas em pé e fico com o pé num trambolho, que já acontecia anteriormente em dias de muito calor mas agora nem precisa estar calor...
Nem vamos falar de mamas não é verdade?!
Porque é que a história da cegonha é mentira????

Não me levem a mal, apesar de tudo estou muito contente com a criaturinha que aí vem :D

Escolher ananás e pêssegos

Vamos continuar a falar de fruta. Ora na Universidade nas aulas de biologia vegetal aprendi a escolher ananás e não é a puxar a rama.
Uma vez comprei um ananás aqui e o Ricardo passou-se quando viu um ananás mega verde, que ia ser azedo e não sei quê, enganou-se.
O ananás escolhe-se pelo tamanho da pinha, quanto maior a pinha (pinha são os hexágonos do ananás) mais doce será, é o que o nosso professor de biologia vegetal dizia e até agora nunca comi ananás amargo.

Os pêssegos nesta terra têm de ter cheiro, se não tiverem cheiro nem vale a pena trazer para casa, aliás o ananás também o cheiro depois de fazer uma selecção com base na dimensão da pinha, cheiro também os morangos e alperces!!!!


Sei que temos mesmo muita sorte

Temos sorte que tinha endometriose num estádio muito inicial.
Temos sorte que sou tão teimosa e casmurra que obriguei os médicos aqui a fazerem alguma coisa porque sabia que algo estava mal!
Temos sorte que fiz apenas 3 tratamentos num processo relativamente simples de fertilidade e engravidei.
Temos sorte porque no meio de muitos muitos enjoos nunca vomitei.
Temos sorte porque apesar de já termos apanhado um susto acabou por não se verificar o pior.
Temos sorte porque nos temos um ao outro e virá um quarto membro da família em breve (o terceiro é a Tuga).
Temos sorte porque temos família aqui e em Portugal que nos amam e nos querem bem.
Temos sorte porque temos amigos perto e os que estão longe fazem-se presentes em todos os momentos.
Temos sorte porque podia ser mais fácil mas podia ser mais difícil, porque no meio de algumas tristezas e saudades temos muita sorte com a nossa família e amigos.




Um pequeno gesto

Tentamos manter algum contacto com a associação por quem apadrinhamos uma criança em Moçambique.
É difícil fazer chegar coisas/notícias, apesar de por vontade deles termos uma relação com as crianças a verdade é que acho que é de facto difícil.
Quero muito lá ir e passar uns dias a ver o que fazem e o conhecer o Carlitos, por enquanto enviámos um extra monetário com que compraram um colchão, um cobertor, um casaco para o inverno, uns sapatos e mais umas coisinhas...
Com pouco se consegue muito, com boa vontade se vai ajudando, não é muito mas vale cada centavo ao ver que podemos estar a contribuir para um sorriso de uma criança, que podemos tornar a sua vida um pouco mais confortável, que podemos proporcionar educação a alguém que de outra forma dificilmente conseguiria.

Espero, em breve, poder lá ir. Agora não por causa da gravidez mas quando o bebé tiver nascido e já não for muito pequeno dará...


Como escolher melão ou melancia

Estando num país nórdico escolher fruta torna-se uma ciência. Os nossos avós sabiam com certeza truques mas tenho vindo a descobrir mais e mais.

Quando aos melões e melancias não vai lá pelo som nem por apertar as pontas. Nada disso importa se os ditos não tiverem uma mancha amarela, quanto maior mais sol apanharam enquanto estavam no solo. Até agora quando segui este truque tenho tido sempre melões doces (mas durinhos e não enjoativos) e melancias docinhas também.





Comunidade portuguesa

Quem emigra mais cedo ou mais tarde depara-se com algum choque cultural e por vezes pode ser complicado fazer amizades com os locais.
Tenho feito diversos amigos na comunidade portuguesa e agora que estou grávida tenho feito ainda mais. Há de facto um elo que nos liga e tem sido muito agradável ver que existe muita entreajuda. Desde dicas de onde comprar produtos a jantares e encontros.
Tenho mesmo tido sorte em ter-me rodeado das pessoas certas e tudo isto começou com o blog que nos levou à Carolina e ao Bruno e aos nossos 2 sobrinhos lindos e depois levou-nos a muita gente boa.

Viva os blogues e a comunidade portuguesa :D


12 semanas

Foi uma manhã inteira no hospital, que é onde sou seguida no departamento de ginecologia e obstetrícia, começou com uma eco. Criatura grande, encolhida para não se deixar medir (com algum esforço lá deu), cérebro em borboleta, 5 dedos em cada mão, estômago com líquido amniótico, batimento cardíaco forte e normal(desta vez já deu para ouvir e é brutal!), placenta posterior (vou sentir a criatura bastante bem), tudo normal para esta fase, é isso que se quer ouvir certo?!

Seguiu-se consulta dos rastreios onde escolhi os testes genéticos não invasivos, em Portugal é gratuito, aqui qualquer rastreio seja o teste combinado (eco + historial familiar) ou os genéticos/bioquímicos são todos pagos à parte do seguro obrigatório. Perguntaram também se poderia participar num estudo científico e não posso dizer que não né?!

Depois disto segui para a consulta com o médico, mediu a tensão, falámos um bocado sobre como corre a gravidez, passou mais umas análises e marcámos a próxima eco, consulta e teste de glucose.

Por fim fui tirar sangue, adoro #sqn. Correu tudo mal, fora ter de tirar 10 tubos de sangue (não pela quantidade de sangue mas porque quantos mais tubos mais tempo demora), faltou a luz já ela estava quase a espetar a agulha, a luz voltou, espetou a agulha e algo correu mal porque colocava os tubos e não havia vácuo, teve de trocar de agulha, picar de novo e lá deu. No meio disto tudo senti-me mal e pedi que reclinasse a cadeira mas que continuasse a tirar sangue que queria despachar-me...

Outra boa novidade é que escolhi bem o meu novo seguro, posso escolher ser seguida no hospital, sem custos adicionais, onde sou vista ora por médicos ora por enfermeiras, onde não é opção ter um bebé em casa (nunca na vida seria a minha opção mas aqui é o standard) e se quiser epidural, como disse o medico, peço e eles dão (é um custo à parte de cerca de 200€, mas se estiver à rasca quero lá saber)

Saí da consulta aliviada, optimista e feliz. Pulei para a bicicleta e fui aproveitar a folga com o Ricardo.


Não há confirmação mas o Edgar, imagiologista, diz que parece ser menina...

Já lá vão 4 anos...

Quatro anos se passaram desde que vieste para cá. Quatro anos e muita coisa mudou, da incerteza de que ficarias cá (porque estavas altamente pessimista), à certeza de que provavelmente não voltamos.
 Nestes anos muito aconteceu, desde casar a comprar casa e estar prestes a aumentar a família...
No meio de tanta cisa que mudou há coisas que não mudam!!! Continuas a fazer-me rir e sorrir com as tuas tontices, continuas a tirar mil fotografias a mim e a tudo em volta, continuas a esquecer-te de parte das coisas que te peço e de onde puseste as chaves e os documentos, aliás não te esqueces onde puseste eu é que as mudo de sítio para que não as consigas encontrar...

Nem tudo foi um mar de rosas, há dias que não tenho paciência e outros não tens tu mas no fim do dia há respeito, há amor, há risos, cumplicidade e confiança e sinto-me segura por saber que no fim do dia tu estás lá!