Liberdade

O 25 de Abril passou e apesar de o ter sido em quarentena temos ainda muita liberdade, liberdade de expressão, de pensamento, de escolha... Temos ainda muita liberdade porque nem só de liberdade de movimentos vive a humanidade!
Relembrar para não esquecer e não repetir!


(o post vem tardio mas mais vale tarde que nunca e dia da liberdade é todos os dias)

Imagem da minha autoria com cravo oferecido pela loja portuguesa no dia 25 de Abril a quem lá fez compras

Mal-amanhados- Os novos Corsários das Ilhas

"Um comediante e um escritor. Um Terceirense e um Micaelense, e um sonho com mais de 20 anos: fazer uma declaração de amor à nossa terra.
MAL-AMANHADOS deseja ser um catálogo de experiências 100% preenchidas pela alma açoriana. Gastronomia, mergulho, escalada, surf, caminhadas, festas pagãs e religiosas, teatro e música popular, literatura e poesia, Bailinhos de Carnaval e bandas folclóricas, expressões locais e açorianos no mundo, e muita, muita conversa, amenas tertúlias entre dois velhos amigos na meia-idade - a altura certa para homenagearem a sua terra - e os protagonistas com quem se vão encontrando num dos recantos do mundo mais férteis em maravilhas naturais.

MAL-AMANHADOS - Os Novos Corsários das Ilhas é conduzido por dois comunicadores açorianos, Luís Filipe Borges e Nuno Costa Santos."

O primeiro episódio é sobre a ilha do Pico, onde estive apenas 24 horas mas que adorei mais do que outras onde passei mais tempo. Subir ao Pico ao nascer do sol, chegar lá acima sem uma única nuvem e com uma visibiliade perfeita é apenas inexplicável! Também na minha opinião é a ilha com o melhor queijo! Adorei e ao ver esta mini-série as saudades batem bem forte e a pena de já não podermos ir lá passar as nossas férias em breve é um bocadinho maior.

Se ainda não foram aos Açores aconselho vivamente. As ilhas são todas um bocado diferentes e caso não saibam a que ilhas ir talvez este documentário ajude a decidir...

Os episódios saem às 5as na RTP Açores e também se pode ver na RTP play (que é onde tenho visto)

Imagem retirada da internet

Parece que foi ontem

Foi há um ano que fomos de férias a Marrocos
Foi há 28 meses que a Bia nasceu (2 anos 2 4 meses)
Foi há 4 anos que comprámos carro por causa disto
Foi há 5 anos, quase, que casámos e comprámos casa
Foi há 6 anos que meti soalho flutuante, pela primeira vez na vida, no nosso antigo apartamento
Foi há 7 anos que comecei o meu trabalho como técnica de investigação
Foi há 8 anos que me mudei para a Holanda para perseguir uma carreira em ciência


Há 8 anos a minha vida mudou muito, deixei as minhas pessoas, a minha cidade, a vida que conhecia e arrisquei, com todo o apoio dos meus pais, apoio dos amigos e do Ricardo e muita vontade de ser bem sucedida.

Todos estes marcos parece que aconteceram ontem, mas não, foram todos há mais de 1 ano mas lembro-me deles como se tivessem sido ontem!

Que continuemos a construir memórias hoje de que nos lembremos com saudades amanhã...




Bolo de cenoura e gengibre com cobertura de queijo creme e laranja

Este bolo é delicioso, fica molhadinho e não é nada saudável mas também não é todos os dias que fazemos anos.

Provei este bolo num aniversário em casa da minha prima, foi o bolo que fiz para os anos da Bia e sou tão fã que acho que vai passar a ser O bolo dos aniversários cá de casa.


Ingredientes:

150g de nozes pecan grosseiramente picadas
250g de manteiga (costumo roubar 50g pelo menos, se usarem manteiga sem sal acrescentem uma pitada à massa)
Um bocado de gengibre (8cm diz a receita)
3 ovos médio-grandes
400g de cenouras
80ml de leitelho (muito comum aqui, karnemelk)
300g de açúcar (ponho 200g)
350g de farinha de trigo normal (usei fermentada porque era o que tinha)
2 colheres de chá de fermento
1 colher de chá de bicarbonato de soda
2 colheres de chá de canela bem cheias (mas a canela cá acho que é mais fraca que a de Portugal)
Raspa de uma laranja
400g de queijo creme
50g de açúcar em pó

Confecção:

Pré-aquecer o forno a 180graus. Forrar duas formas de 24cm com papel vegetal (eu fiz só numa de 30cm).
Derreter a manteiga em lume brando.
Ralar a cenoura e o gengibre finamente e colocar num recipiente grande. Juntar os ovos, leitelho e açúcar e mexer. Misturar a farinha, fermento, canela e bicarbonato e mexer para envolver bem. Por fim misturar a manteiga e as nozes picadas.
Colocar nas formas e cozinhar cerca de 30minutos (façam o teste do palito). Coloquem a arrefecer numa rede, se não tiverem usem o tabuleiro de grelha do forno (que é o que eu uso).
Bater o queijo creme com a raspa da laranja e o açúcar em pó até estar fofo (usei 200g de queijo e 20g de açúcar). Desta vez, acho que porque tinha apenas queijo light, o creme não ficava fofo por nada deste mundo, então juntei uma folha de gelatina derretida em 20ml de água a ferver, meti no frigorífico por umas horas e antes de barrar homogenizei com a vareta de arames.
Se fizerem dois bolos coloquem recheio de queijo no meio e depois coloquem o outro bolo em cima e distribuam homogeneamente por todo o bolo.
Se quiserem fazer decorações com pasta de açúcar aconselho vivamente a usarem um creme de manteiga em vez de queijo creme na parte de fora do bolo (se não a pasta de açúcar dissolve-se).

Deliciem-se!



Anatomia de Grey

É uma das séries que sigo desde o princípio, não tem uma história intrincada, é daqueles hospitais em que tudo acontece no mesmo dia e nem sempre corre tudo bem.

Porque é que eu a vejo? É uma série fácil de ver, não tem muito que pensar, já me vi a chorar bastante porque ao final de uns anos apegamo-nos a certos personagens.
Se gostam de séries de médicos, fáceis de ver, com histórias intrincadas e relativamente bem escrita acho que é uma série a ver. Sim claro que há impreciosismos médicos mas eu não sendo médica nem enfermeira não me afecta minimamente.

A personagem principal, Meredith Grey, começa o seu internato no hospital onde vai fazer amigos e apaixonar-se pelo seu chefe...

Conhecem? Gostam? 


35


Faço hoje 35 anos, tinha outros planos mas a verdade é que está a ser um dia espetacular!
Fomos ver as flores, parámos para fazer um piquenique e ainda fiz bolo de cenoura e gengibre que está delicioso.






Desinstalei a app do Facebook e estou a adorar!

Já foi há umas boas semanas, antes da quarentena, que desinstalei o facebook to telefone. Quer queiramos quer não acaba por ser sempre uma distração ter ali as notificações, mesmo que e silêncio aparece na app que temos notificações e havia sempre a tentação de ir ver. Levava a que andasse mais tempo ao telemóvel e ocupava espaço para ter mais fotografias da Bia.
Depois de pensar nisto umas semanas decidi desinstalar a app e tenho de dizer que estou bastante contente com o resultado, tenho muito menos coisas a distrair-me e a fazer-me olhar para o telefone, tenho espaço para apps que me interessam (banco, metereologia, instagram, whatsapp, tradutor, maps e pouco mais).
Adoro deixar o telefone de lado e não o ter sequer perto de mim várias horas ao dia, adoro desconectar-me do mundo digital e conectar-me ao mundo real.
A tecnologia tem imensas coisas boas, mantêm-nos perto mesmo longe, mas é preciso não esquecer o mundo real e não cair em excessos.

Bolo de maçã


Nesta quarentena vamos todos ficar gordos mas ao menos que seja a comer coisas boas...

Um blogue que gosto muito é o da Teresa Cameira que se intitula A Cozinha da Ovelha Negra e que é um poço de receitas deliciosas, també no instagram há receitas e lives e stories giros e de comer e chorar por mais diariamente, por isso passem por lá.
Num destes dias ela fez um bolo de maçã e estava com mesmo a chamar por mim, já me apetece fazer outro...

Meti metade do açúcar e um bocado menos de gordura e digo-vos que ficou delicioso na mesma! Pelo menos bom aspecto tem... A próxima receita ou é brownie ou os muffins de chocolate...

3 maçãs ( 2 aos cubos e 1 em fatias)
3 ovos
125g de manteiga derretida (usei 100)
100g de açúcar amarelo (usei 50)
2 c. sopa de mel (usei 1)
1 c. chá noz moscada
1 c. sopa de canela
1 c. chá de fermento
100g de farinha de aveis (usei de espelta integral)
50g de farinha de trigo
frutos secos e sal qb (usei nozes e omiti o sal)

Pré-aquecer o forno a 170graus
Misturar as farinhas, especiarias e fermento e reservar.
Cortar as maçãs e reservar
Com uma vareta bater os ovos com o açúcar até ter uma espuma, juntar o mel e bater mais um bocado, juntar a manteiga e bater, com uma espátula ou colher (usei um salazar) envolver a maçã aos cubos previamente polvilhada de farinha (ajuda a incorporar melhor), peneirar parte da mistura de farinha e envolver, repetir até acabar a farinha.
Colocar numa forma untada, com papel untado e enfarinhado e colocar a massa, decorar com a maçã fatiada e as nozes picadas e uma pitada de sal. Colocar no forno até estar cozido (palito sair seco), por aqui foram uns 30-35 minutos.




Unorthodox

Unorthodox é uma mini-série que retrata a vida de uma rapariga que vive numa comunidade extremamente ortodoxa em Nova Iorque e decide fugir, deixar o casamento que foi arranjado pelos avós e a sua comunidade e vai para Berlim numa tentativa de se reencontrar.
A série tem alguma inspiração do Livro Unorthodox: The Scandalous Rejection of My Hasidic Roots de Deborah Feldman.
Shira Haas faz um papel brilhante como personagem principal, Esty. É ipossível ficar indiferente à sua revolta, à sua dor e à sua vontade em ter algo mais e melhor.
É mais uma série que me fez pensar na sorte que tenho em ter nascido numa família em que os meus interesses e sentimentos são tidos em conta, em que pude seguir o percurso académico que quis sempre com apoio e numa sociedade em que posso lutar por igualdade!
É mesmo uma mini-série a ver! 


Homeland

Lamento ter falhado um post semanal mas aqui vai ele, mais tarde que o costume.
Homeland é uma série de drama que conta a história de uma agente da CIA, bipolar, altamente motivada e dedicada, inteligente e criativa, uma das melhores agentes que é destacada para a brigada anti-terrorismo. No seu novo papel Carrie vai tentar provar que um herói de guerra nada mais é que um agente infiltrado, convertido quando foi capturado na guerra.
A história vai mudando, não quero ser spoiler, e acabam por entrar outros personagens, as coisas desenvolvem-se e a trama vai mudando. É muito dinâmica apesar de ser fácil seguir.
A série, apesar de alguns erros, busca debater pontos importantes do pós-11 de Setembro, como a tensão entre moralismo e pragmatismo na política externa norte-americana, o preconceito contra muçulmanos, o papel da imprensa e as contradições da política. Tenta fazer-nos reflectir sobre o impacto das ações de Washington no mundo árabe-muçulmano. Não é extremamente patriota colocando em causa a postura dos Estados Unidos e até criticando algumas decisões.
É uma série de que gosto mesmo muito, os actores são bons, a atriz que faz de Carrie, Claire Danes, faz um papel espetacular ao longo das 8 temporadas (ainda em exibição). Não foi por acaso que ganhou um Emmy na sua primeira temporada.
Curiosos?


Já repararam?

Já repararam que na realidade não precisam daquela camisola para serem felizes? Nem daquele vestido, nem calças, nem sapatos ou mala?
Será que conseguiremos viver num mundo menos consumista depois disto?
Será que conseguimos viver com menos coisas, menos embalagens, menos viagens de carro, menos viagens de avião depois disto?

Será que conseguiremos sair disto melhores em vez de iguais? Será que vamos começar a comprar mais localmente e menos made in China?
Não sei, sinceramente não sei, não sei se as pessoas não irão tentar compensar o tempo perdido e fazer mais, gastar mais, consumir mais, gosto de acreditar que não, mas a realidade é que não sei...

Só sei que não vai ficar tudo bem! Milhares de pessoas morreram e irão morrer, centenas de milhares infectados e não se sabe se a infecção terá alguma repercussão a longo prazo, a economia vai sofrer, o desemprego está a subir e provavelmente irá subir ainda mais. Uma amiga mencionou, e com razão, que também muitas pessoas com problemas psicológicos podem estar a ser afectadas, muitas pessoas se sentem sozinhas e estarão a entrar em depressão sem ninguém que as possa acompanhar e ajudar.

Não, não vai ficar tudo bem, mas iremos continuar a viver, a maioria de nós pelo menos, iremos continuar a tentar ter uma vida "normal", um novo normal e espero que um normal melhor.