A creche abriu na segunda-feira passada e a Bia não foi!
Antes da quarentena ela foi operada aos ouvidos e imediatamente antes ela estava a mudar de grupo. Durante a quarentena a creche fez video-conferências via zoom 1 a 2 vezes por semana e quando era com o novo grupo ela não queria, queria as educadoras antigas (excepto se fosse uma das educadoras novas, que nunca sabíamos quando ia ser).
Primeiro- as novas regras da creche são completamente plausíveis e compreensíveis (temos de deixar os miúdos num quadrado e afastar-mo-nos e depois a educadora vai lá buscar e há entradas diferentes para grupos diferentes). Agrada-me que eles tenham a saúde de todos em consideração. Se antes aceitavam miúdos meio adoentados agora não o toleram. Mas eu sei que a Beatriz, dependendo de quem lá estiver, vai ter grandes dificuldades em ficar no quadrado até a virem buscar. Se fosse no grupo antigo sei que ia a correr e feliz da vida, mas neste não acho que vá acontecer.
Segundo- eu não posso voltar fisicamente ao trabalho e o Ricardo tem horários semi-flexíveis, por isso podemos ficar com ela mais um bocado em casa, se não houvesse opção lá teria de ser mas tendo opção...
Terceiro- não percebo porque é que as escolas básicas começam com metade do alunos por cada dia (sendo que metade da turma vai 2 dias e a outra metade outros dois) mas as creches reabrem com a lotação normal. Miúdos mais velhos têm mais noção (não levam brinquedos à boca por exemplo). Vi as fotos dos últimos dias e estão a fazer tudo normalmente mas com mais regras, mais limpezas, menos contacto com outros grupos. Aqui há umas 3 educadoras para uns 12 miúdos, se forem mais pequenos até são mais educadoras, logo até dá para controlar e dividir o grupo e ir limpando e mantendo as coisas minimamente. Mas decidimos que se podemos esperar para ver no que dá é preferível.
Não há certos nem errados e quando não há solução é inevitável. Não sou, de todo, germofóbica. A Beatriz vai todos os dias comigo à rua, seja ao parque, à praia fluvial, ao bosque ou dar uma volta para ir ver os patos. Ela anda de baloiço, de escorrega, já brincou com outros meninos perto dela e até jogou à bola com outra menina. Levo sempre lanche da manhã e antes de comer higienizamos as mãos. Quando chegamos a casa, descalçamo-nos (como sempre fizémos aqui em casa), se tiver ido ao parque onde contacta com mais superfícies troca de calças e tira o casaco (a camisola fica por baixo do casaco então não troco), lavamos as mãos e voltamos à nossa vida normal.
Acho que vocês fizeram muito bem, por aqui já nos arrependemos de termos dito que ele ia dia 1 de Junho, vamos informar e explicar as nossas razões, ainda não nos sentimos confiantes por mais saudades que ele tenha dos amiguinhos e professoras, é melhor esperar mais um pouco. Não vale a pena arriscar, ele tem saudades mas também se sente melhor em casa, e nos damos os nossos passeios :)
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